INFORMATIVO – SET/2012
OTITES
CANINAS:
DESAFIOS E FERRAMENTAS TERAPÊUTICAS
As otites se constituem
inflamações que envolvem a porção externa do ouvido.
Embora
algumas raças de gatos tenham predisposição a otites, sua incidência é mais
comum em cães.
Diferente do nosso ouvido, o conduto auditivo dos cães tem
dois comportamentos, um externo e um interno. Na abertura do canal auditivo
inicia-se o canal vertical, em seguida faz uma curva de 45 graus na horizontal
e segue em direção ao tímpano.
Cães
com orelhas longas e pendulares são mais predispostos a problemas de ouvido do
que aqueles com orelhas eretas e mais curtas. As orelhas longas e pendulares
obstruem a entrada de ar e a secagem adequada do canal auditivo. O resultado é
um ambiente quente, úmido e escuro; com perfeitas condições para o crescimento
de microorganismos como leveduras, fungos e bactérias.
As
inflamações do canal auditivo podem ser causadas por vários fatores como
parasitas, microorganismos, corpos estranhos, tumores e doenças de pele.
Ultimamente
temos observado o grande problemas da resistência das bactérias causadoras de
otites. Observando isto mostra-se a necessidade de uma mudança na cultura do
método de eleição terapêutica, iniciando com uma nova postura clínica e se
estendendo à conscientização dos proprietários de cães e gatos com relação à
importância dos exames diagnósticos.
Um
estudo realizado no Rio de Janeiro em 2000 observou-se uma taxa de
suscetibilidade do estafilococos a gentamicina de 84,1%, demonstrando um
decréscimo de sensibilidade deste gênero quando comparada a índices aferidos em
estudos anteriores de 94,4% (Blue e Wooley, 1997) e 96,3% (Cole ET AL, 1998).
Tal fato pode ser associado ao uso maçante do grupo dos aminoglicosídeos, em
especial a gentamicina, durante a década de 90 (Lilenbaum, 2000).
Nas
otites crônicas e nas otites médias, elas estão relacionadas a otites externas
mal curadas e a prevalências da pseudômonas, pois quando o quadro reincide, o
tempo de tratamento se prolonga e a necessidade de intervenção medicamentosa se
torna mais freqüente.
Na
maioria dos tratamentos para as otites se usam as formulações tópicas, pois ela
apresenta vantagens indispensáveis no sucesso terapêutico, como:
-
Alta concentração dos ativos alcançadas no local da infecção, pois isto garante
a atividade bactericida e uma maior letalidade do ativo (agente infeccioso);
-
Redução ou ausência de efeitos adversos já que a absorção pela aplicação tópica
é mínima;
-
E por fim, o menor custo de tratamento e as altas taxas de sucesso terapêuticos
conferem uma relação custo/benefício muito melhor para a medicação tópica do
que para os tratamentos sistêmicos.
Alguns
fatores que auxiliam no sucesso do tratamento são:
-
A limpeza dos ouvidos como adjuvante á terapia tópica;
-
A limpeza dos ouvidos como profilaxia das otites:
-
Soluções de limpeza a base de Aloe Vera, pois como propriedades tem ação
hidratante, cicatrizante, atiinflamatória, tonificante, refrescante, além de
uma importante ação antibacteriana.
Fonte: Boletim
técnico Otológicos. Ourofino – Saúde Animal.
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